terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Saldo de 2012

          Final do ano aproximando-se e é hora de fazer uma retrospectiva de 2012. Pessoas começam a rever os acontecimentos ocorridos durante o ano que se finda e traçar planos e metas para o ano que iniciará. Com os vestibulandos não ocorre o contrário.
     Nós comemoramos as aprovações, sonhamos com a vida universitária, imaginamos como serão nossos professores e colegas de classe, sofremos com o tal "excesso de futuro". A ansiedade toma conta do nosso coração e os olhos brilham só de imaginar o dia que seremos aprovados e veremos nosso nome no "listão".
     Porém quando chega dia 31 de dezembro e não somos aprovados em nenhum vestibular  nos quais fizemos nossa inscrição - fica a sensação de que o ano foi em vão, os conhecimentos adquiridos não tiveram nenhuma finalidade - nós ficamos frustrados.
     Confesso que esse ano não dei o melhor de mim, não "enfiei a cara" nos livros, não fiquei estudando durante as madrugadas, não me dediquei no aprendizado daquela matéria chata na qual tenho tanta dificuldade, procrastinei assiduamente meus estudos como se o tempo parasse pra mim e  o resultado do meu futuro não dependesse do meu plantio de hoje.
     Parece que todas as promessas feitas, metas propostas e objetivos traçados no último dia de 2011 só permaneceram vivas na minha memória até o primeiro semestre de 2012. Olhando o que fiz durante esse ano, percebi que se minha vida parece estacionária a culpa é unicamente minha e não pertence a mais ninguém. Não posso derramar essa responsabilidade pelo meu insucesso nos vestibulares em ombros de outros.
          Para 2013 desejo meu próprio amadurecimento. Tenho 18 anos, mas ás vezes pareço uma pré-adolescente indecisa e irresponsável. Não sei se fui clara em minhas palavras. Ocasionalmente essa parte infantil de mim quer fugir das obrigações e se esconder debaixo de um lençol quando as coisas inclinarem para o lado difícil libertando o murmúrio tolo: "Por que não escolhi um curso mais fácil?". A esse comentário, ensurdeço meus ouvidos. Afinal, como diria Platão, "As coisas difíceis são as mais formosas".
     Ainda que seja necessário enfrentar nossos problemas diários, isso não deve subtrair do nosso estado emocional toda a possibilidade de felicidade e de sucesso. Um dos mais importantes segredos do sucesso é você jamais ser um obstáculo para si mesmo. Avante, vestibulandos! 2013 nos espera com inúmeras oportunidades.
     Finalizo com um trecho escrito pela Raissa Muniz, uma moça de 14 anos inteligentíssima e habilidosa na escrita, que sintetiza por completo meu desabafo. "O tempo não brinca com a gente; nós brincamos com ele. Fingimos uma realidade que não existe, sonhamos mais do que corremos atrás, criamos um redoma fantasiosa de que a vida será bonita e feliz, mas não movemos um dedo para realizar isso. De nada adianta chorar as mágoas da vida nesse fim de ano. O que era pra ser, foi.  O que não era, se for mesmo pra acontecer, um dia vem. Chega de tanta lamúria e reclamação. Melhor é quebrar a cara, aprender com os erros e se levantar com a certeza de que tentou, de que já conhece o perigo. Melhor é sofrer para conseguir o que quer. Bom mesmo é subir a escada do tempo e poder falar a cada fim de ano: O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR! Porque, bem lá no fundo, a gente sabe que tem muita coisa boa que não poderia acontecer se tudo tivesse dado certo agora."
Haissa Teixeira
11/12/2012

2 comentários:

Unknown disse...

Muito lindo seu texto, sintetiza muito bem o que muitos de nós estamos sentindo, no mais deixo um grande abraço e o desejo de que tudo seja melhor ano que vem !

Haissa Teixeira disse...

Nossa Gabriel, obrigada. De verdade.
Escrever é só uma forma de "aliviar a pressão", tem o mesmo efeito que uma conversa entre melhores amigos. Agradeço também por visitar o blog. Volte sempre!
Abraços (:

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