sexta-feira, 16 de agosto de 2013

[Projeto Redação #4]

O assunto de hoje é a proposta sugerida pelo curso Escrever Online.
Tema: Programa Mais Médicos (cadastrem-se no site para receber atualizações via e-mail ;D)

 A saúde pública na UTI
Ao anunciar Programa Mais Médicos, no começo de julho, o governo ressaltou que a finalidade do projeto é ampliar o atendimento do Serviço Único de Saúde (SUS). Como proposta, a curto prazo, está o direcionamento de médicos às regiões carentes desses profissionais e, a longo prazo, a abertura de mais vagas para o curso de Medicina na intenção de formar mais profissionais. Contudo, apesar disso o projeto não resolve o problema estrutural da saúde pública brasileira.



Primeiramente, é bom destacar o malefício da criação de mais vagas nas escolas médicas, principalmente as privadas. Com o aumento da oferta em instituições particulares, para a já alta procura, pode ocorrer uma comercialização da Medicina e decréscimo da qualidade de ensino. No ensino público, esbarramos em obstáculos já muito conhecidos: falta de infra-estrutura e professores.

Além disso, profissionais com o mínimo de sanidade recusariam um emprego em ambientes que não lhe dão boas condições de trabalho; esse desinteresse dos médicos pelas ofertas do Governo nas região mais afastadas são vistas como reação corporativista. Na verdade a recusa está embasada no fato de nessas regiões faltarem equipamentos e medicamentos. Com isso, a realização de procedimentos não é possível e o paciente é encaminhado a centros urbanos – isso quando as regiões são vizinhas. O caos é constatado no momento que referimos a locais inóspitos; dependendo do transporte, o paciente pode falecer antes de receber atendimento.

Um caso recentemente discutido foi a situação do curso de Medicina no campus de Macaé da UFRJ. Lá o processo seletivo foi aberto sem antes construir uma estrutura mínima para a prática médica dos discentes. A sensação de abandono e descaso foram criticados pelos alunos que pediram providências de recursos adequados e acompanhamento. Diferente de outros, os cursos da saúde necessitam de ambulatórios, hospitais universitários, equipamentos de diagnóstico, e outros itens que no curso de Direito, por exemplo, são dispensáveis.

Dessa forma, é bom salientar o caráter paliativo, improvisado e eleitoreiro do Programa como tentativa de calar o efervescente clamor das últimas manifestações. A resolução deve começar na formação – com construção de hospitais, centros de ensino aos alunos e atendimento à população, valorização dos professores - chegando ao estabelecimento de um ambiente propício para a oferta de um serviço mais humano e acessível. Assim, conseguiremos assegurar o direito à saúde gratuita de qualidade defendido pela Carta Magna de 1988, priorizando atenção que o SUS necessita.

Comentários pessoais sobre o texto: Encontrei algumas dificuldades na hora de compilar os argumentos. Acho que fui falha no meu posicionamente - em breve vou rescrever a redação e postarei aqui novamente. Enviei meu texto à equipe do Descomplica, mas ainda não recebi a correção.

Galera, fiquem à vontade pra comentar o que quiserem. Estou totalmente receptiva a críticas (construtivas ou não) e sugestões.
Até a próxima!

1 comentários:

Ingrid Lilianne disse...

Redação 1000 :)) sem dúvidas

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